A PARÁBOLA DO SEMEADOR!

O porquê, de muitas Igrejas terem desprezado a Palavra de Deus, em troca de entretenimentos? Os cultos são feitos para agradar a Deus ou aos homens? O tempo da exposição da genuína Palavra de Deus tem diminuído drasticamente dentro de muitas Igrejas, Quem esta por traz disso? Você tem notado quantas aberrações doutrinaria tem surgido em nossos dias? O autor aos Hebreus nos diz: “Porque a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. (Hebreus 4: 12).

   Você pode ficar surpreso ao saber que Satanás concorda com isso. Nesse sentido, ele é um crente... Não porque submeta sua vontade ao Espírito Santo, o que ele se recusa terminantemente a fazer..., mas porque experiências amargas já lhe provaram do que a Palavra de Deus é capaz. O inimigo sabe que a palavra pode mudar nossas vidas, convencer- nos do pecado, nos julgar e condenar, encorajar e levantar. Ele sabe que ela pode cumprir o propósito de Deus para as nossas vidas. Satanás não brinca com as Escrituras, assim como você e eu, não brincamos com uma banana de dinamite. Assim, ele usa uma tática diferente. Já que não pode mudar o semeador, nem a semente, o diabo procura atingir o solo, buscando incessantemente impedir que a semente da Palavra de Deus crie raízes e cresça nos corações dos cristãos.Jesus nos deixou a “Parábola do semeador” (Mateus 13: 1- 9; 18- 23).

   O foco da mensagem de Jesus é o solo. Através desta mensagem, nós podemos entender porque que há muitos crentes frios, mornos e sem nenhum compromisso com a Palavra de Deus. São apenas simpatizantes de algumas Igrejas. Não tem mudanças de vidas, vivem falando mal uns dos outros, corações cheios de magoas e de rancor. Que tipo de solo é você? Saiba que há três tipos de solo que servem aos propósitos do inimigo:

O solo à prova de sementes: Vamos examinar cuidadosamente a primeira parte da parábola, conforme foi explicado por Jesus: “Ouvindo alguém a Palavra do Reino e não a entendendo, vem o maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração; este o que foi semeado ao pé do caminho” (Mateus 13: 19).

  

     A frase “A beira do caminho” é significativa. O solo não está no meio do campo... Ele está na borda. Em outras palavras, isso é suscetível de acontecer com pessoas que se mantêm na periferia da Igreja. Qual é a natureza desse tipo de solo? Para entendermos na integra esta passagem Bíblica, nós temos que recorrer a agricultura no Oriente Médio, que era o que Jesus mentalizava quando contou a parábola. Lá, o que separa uma fazenda da outra não cerca e sebes... Mas, um caminho estreito, uma faixa terra. Nessa faixa de terra, a pressão contínua de pés e cascos compactou de tal forma, que ela se tornou uma crosta dura e nem a chuva consegue penetrar. Em seu estado natural, esse tipo de solo não está pronto para receber semente. Se algumas sementes caem nele, elas apenas ficam ali, expostas, sem alimento, sem sombra, esperando como ervilhas num prato, até que um pássaro faminto caia sobre elas e as devore.

    

    Observe como Jesus explica essa parte da parábola. Essa espécie de solo é como as pessoas que ouvem a Palavra de Deus, mas não a entendem. Elas sentem alguns arrepios no natal e ficam com lágrimas nos olhos quando uma tragédia acontece em algum lugar. Entretanto, seus corações são duros como pedra. Elas podem ir à igreja de vez em quando e até ler a Bíblia, mas nada está penetrando. Talvez essas “pessoas da beira do caminho” considerem saber tudo sobre a Bíblia tem a dizer, de modo que não precisam escutar. Talvez tenham idéias tão arraigadas a respeito de Deus que se recusam a ouvir qualquer coisa nova. Talvez esteja ensinado, mas não conseguem compreender o que ensinam. Talvez não consigam se concentrar por mais de alguns segundos. Ou talvez esqueçam o que ouviram assim que ouvem. Por esse motivo a Palavra de Deus nos orienta: “Não sejais todos vós mestres, sabendo que receberão o mais duro castigo” (Tiago 3: 1).

      Tenho conhecido pastores, diáconos, professores e membros de muitas igrejas, (muitos familiares meus), cuja semente jamais esteve na profundidade do solo, apenas a beira do caminho. Com isso infelizmente, muitas pessoas vão de Igreja em Igreja, de um professor a outro, de conselheiro a conselheiro, de seminário em seminário, de retiro em retiro... Contudo, nada acontece em seu interior. Satanás os convenceu: “Tudo que vocês precisam é de mais e mais sementes”, quando na verdade o problema não é a semente, mas o solo. Eles necessitam do trabalho do Espírito Santo em suas vidas, lavrando o solo dos seus corações, e permitindo que a Palavra de Deus crie as raízes. Há três razões principais que levou este solo a se tornar resistente à semente.

1)Através do pecado: O salmista diz “Se eu atender à iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá”. (Salmos 66: 18).

2)Através da amargura: “Eu não consigo perdoar fulano e sicrano”, o autor aos Hebreus alerta os cristãos da “raiz de amargura” (Hebreus 12: 15). È uma expressão apropriada, uma vez que a amargura penetra fundo no solo de nossos corações. Algumas plantas nas áreas desertas do Oriente Médio adaptaram- se ao seu ambiente seco, estendendo essas raízes chegam de 12 há 15 metros de profundidade!... Para sugar a umidade subterrânea. Essas raízes não são facilmente deslocadas. Da mesma forma, alimentar a amargura contra outra pessoa cria uma mudança fundamental no intimo da personalidade. Você se torna tão envolvido na injustiça que afirma ter sido vítima, que mal percebe o resto ao seu redor. Até mesmo o Espírito Santo terá dificuldades de se comunicar de maneira clara. A Palavra de Deus nada lhe revelará até mesmo que leia 24 horas por dia.

3) Através de liderança comprometida: Qual seria a maneira mais fácil para enfraquecer a Igreja se não ir atrás do líder? Essa é uma das razões pelas quais os ministros do Evangelho encontram- se sob um tipo especifico de ataque. Satanás esta atrás dos pregadores, pois conseguindo o pegar. Ele o fará pregar uma mentira, enquanto convence o povo de que estão ouvindo uma exposição honesta das Escrituras. Em muitas Igrejas, satanás esta bem ali, dividindo e conquistando o terreno dentro da igreja.

O solo pedregoso: Se satanás não pode impedir a semente de germinar, ele fará o seu melhor para que o solo não alimente a semente, deixando- a vulnerável ás intempéries do tempo: “Porém o que foi semeado em pedregais é o que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; mas não tem raiz em si mesmo; antes, é de pouca duração”. (Mateus 13: 20- 21).

      Essa pessoa que fica alegre e empolgada com o evangelho. Ela desce o corredor, assina o cartão de decisão e vai à igreja por vários meses depois disso. Toda a vez que as portas estão abertas, ela está lá. Então, sua fraqueza é exposta: “... e, chegada a angustia e a perseguição por causa da palavra, logo se ofende” (Mateus 13: 21).

Receber a Palavra tem um preço. Os membros da família começam a zombar de você. Eles dirão: “Olá, pastor!”, ou: “Ai vem o profeta!” , ou "O pregador charque, o salgado esta ai", "chegou o professor de Deus",Ou talvez um colega de trabalho descubra que você entregou sua vida ao Senhor, e comece a contar para todos: “Ei, cuidado, ai vem o Bíblia!” Esses comentários prejudicam, em particular, os mais jovens (Graças a Deus eu passei esta fase), vulneráveis que são a provocações. Os seus amigos lhes dizem: “Bem, agora, vocês não são mais legais. Ficar com vocês já não é divertido”. Ninguém gosta de perseguição. Então, porque suportá- la se pode ser evitada? Isso é o que um demônio irá sussurrar nos seus ouvidos:

“Você sabe, a jogada esperta e manter a sua nova fé em segredo. Não faça alarde. Mantenha- a oculta. Desse modo, você não se indispõe com ninguém”.

Eu já ouvi ministros dizerem: Mantenha sua religião entre você e Deus. “Afinal, a religião deve ser algo particular”. Tentador, não é mesmo? Especialmente se o líder de uma Igreja dá o seu selo de aprovação. Porém, manter a sua fé em segredo anula a sua eficácia para Deus. Há pais que fazem a seguinte reclamação: “A pregação é muito direta e dura. Queremos levá- lo a uma Igreja onde possam ouvir sermões mais obstratos”. Ora, como pai de três filhos, digo- lhes sinceramente que preferiria ver meus filhos ofendido e no céu do que contentes e no inferno, por causa de “sermões obstratos”. Uma pessoa que ainda não se entregou a Cristo precisa ouvir que está tão perdida quanto uma cabra numa chuva de granizo, e que necessita de Jesus. Se ela achar ofensivo, Deus a proteja. Eu não posso fazer nada. Meu dever como servo de Deus é pregar o evangelho.

     O solo estragado: Quando o semeador espalhou suas sementes, diz- nos a parábola: “E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram- na” (Mateus 13: 7).

O solo aqui é perfeitamente adequado. Não está endurecido nem é raso. Ele é fofo, profundo, bem irrigado. Pelo certo, a semente deveria desenvolver- se nele. E é por isso que o inimigo trabalha tanto para impedir a semente de crescer. Sua estratégia? Certificar- se de que haja bastante quantidade de outras sementes no solo, prontas para competir com a Palavra. Como Jesus explicou: “E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a Palavra, e fica infrutífera”. (Mateus 13: 22).

      Em geral, pensamos nos espinhos como sendo as preocupações e a ambição material prendendo as pessoas que não conseguem se livrar de suas ansiedades ou que procuram segurança em suas riquezas, em vez de buscá- la no seu compromisso com Jesus Cristo. Na maioria das vezes, contudo, os espinhos são simplesmente atividades. Dê uma olhada na maioria das Igrejas, e você verá cristãos que estão ocupados, ocupados, ocupados... Sem conseguirem nada. Veja: se Satanás não pode arrancar de dentro do seu coração a semente da Palavra, ou impedir seu crescimento através da perseguição, então ele o deixará tão envolvido em atividades, que você não terá tempo para pensar em crescer ou reproduzir- se no Reino de Deus.

       Satanás abrirá uma nova oportunidade de emprego, ampliará sua vida social, fará você aplicar na bolsa de valores. Ele lhe dará proeminência e fama. Nenhuma dessas coisas aparentemente é má. Mas todas elas servem para desvia- lo do seu alvo primordial: crescer e dar frutos para vida eterna.

Muitos lideres, estão tão ocupados em suas atividades, que não tem mais tempo para orar e se santificar. “Jamais serviremos aos outros sem que tenhamos servido a Cristo por completamente”. Não que a atividade seja errada, assim como as riquezas também não é. Atividades é uma coisa boa, contanto que não se torne o principal foco de nossa vida. As riquezas são boas, contanto que não se tornem a nossa segurança e o nosso alvo primordial Deus nos deu muitas coisas boas para desfrutarmos. È nossa responsabilidade como cristãos usá- las de maneira correta, e não tratá- las como uma devoção absoluta, fazendo com que deixem de ser dádivas e passem a ser ídolos.

O solo bom para a semente: Esse solo pertence àqueles que são sóbrios e vigilantes, que encaram seriamente o inimigo e a suas obras: “Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro, sessenta, e outro, trinta”. (Mateus 13: 23).

      Este tipo de solo é produtivo segundo os talentos e bênçãos que Deus lhes concedeu. Não têm todos os mesmo graus de produtividade, nem produzem a mesma coisa, mas seu rendimento está de acordo com o plano maior que Deus tem para seu Reino. Satanás quer neutralizar essa produtividade, para que as tropas arregimentadas contra ele sejam fracas. È parte do nosso chamado como cristãos, portanto, esforçar- nos para sermos bom solo. Desse modo, é importante fazer algumas sondagens de solo em sua vida. Se você aproximar- se da palavra de Deus com um coração sem arrependimento, satanás levará a semente embora. Levam a Palavra de Deus trazendo amargura ou medo de ser impopular, sua fé secará. Se aproximar- se da Palavra preocupado com ansiedades e atividades, sua produtividade será sufocada. Mas, se você desenvolve um solo forte e fértil, a boa semente do evangelho semeada pelo Senhor Jesus Cristo produzirá frutos genuínos e abundantes. Quando isso acontece, o plano do inimigo é frustrado.

    Como cristãos, temos de andar em submissão diária a Jesus Cristo. Nisso, e apenas nisso, reside a nossa autoridade sobre o adversário. Não podemos ser pretensiosos, nem enfrentar os principados e potestade espirituais sem ajuda. O diabo, o leão que ruge sobre a presa, só pode ser derrotado pelo poder de Jesus Cristo e pelo sangue do Cordeiro. Somente quando você e eu seguirmos esse o leão de Judá. Infinitamente maior que o anterior, e formos cobertos pela sombra do todo- poderoso e fortalecidos pela armadura completa de Deus, é que poderemos alcançar a vitória. Como esta o teu solo? Você é uma terra boa? Pastor Elias Fortes