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quinta-feira, 7 de julho de 2011

A FILHA DE JAIRO

Jairo representa a maioria da cristandade. Como ele, sabemos que Cristo é a nossa única esperança e, no momento da crise, corremos para Ele e prostramo- nos a seus pés, em busca de misericórdia. Jairo tinha uma boa medida de fé, também. Ele pediu a Jesus que impusesse as mãos sobre a criança para que esta “fosse salva e vivesse”. “Senhor, és tudo o que ela precisa. Tens todo o poder, e podes impedir sua morte”. Em resposta a esse homem, Jesus foi com ele.
      Muitos crentes, na posição de Jairo, encher- se- iam de grande esperança no consentimento de Jesus.  Mas poderiam também defrontar- se com um terrível pensamento: “O que poderá acontecer se estiver atrasado? É maravilhoso ter Jesus ao lado, mas, preciso de tempo. Preciso de Jesus e de tempo!” Se for assim, temos uma fé limitada e precisamos de uma perspectiva diferente. Se contamos com Jesus e sabemos quem Ele realmente é... a ressurreição e a vida... Podemos descansar em nossos espíritos e dizer aos nossos corações conturbados: “Jesus transcende o tempo. Não preciso de mais tempo, apenas dEle!”
     AquEle que venceu a morte tem todo o poder sobre ela: “Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer”. (João 5:21). A evidência está nos mortos que Ele ressuscitou. Jesus proclamava seu poder sobre a morte: “Eu sou a ressurreição e a vida” (João 11: 25).
     Porém, os crentes nominais, ao lado da cama da menina, certamente tinham fé limitada. Enquanto havia um fio de vida, Jesus era desejado e necessário. Provavelmente antes dela morrer, essas pessoas: “Sim, cremos que Jesus é o grande médico e curador. Nada é impossível para Ele, pois, sabemos que tem todo o poder. Porém, vem rápido, Senhor... ela pode morrer a qualquer instante!”  Que fé era essa? Apenas uma fé limitada à sepultura, que morre quando as coisas parecem perdidas.
     Essa era a fé que Maria de Betânia possuía: “... Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido” (João 11: 32), a  mesma dos vizinhos e amigos de Lázaro: “Mas alguns objetaram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer que não morresse?” (João 11: 37). Maria, Marta, e as demais pessoas em volta da sepultura, tinham fé limitada, que não comportava a ressurreição.
      Do mesmo modo, o grupo à volta da filha de Jairo, perdeu a pouca fé que possuía, quando a menina morreu. Posso vê- los tomando seu pulso e declarando- a morta. A primeira providência, antes de iniciados os preparativos do funeral, foi notificar a Jesus que Ele não era mais necessário. E mandaram um mensageiro a Jairo: “... Tua filha já morreu; por que ainda incomodas o mestre?” (Marcos 5: 35).
      Essas palavras devem ter parecido tão definitivas a Jairo: “Tua filha está morta!”. Será que acreditamos nestas suas palavras: “... vem à hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que ouvirem, viverão. Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo” (João 11: 25, 26)? E se cremos, entendemos suas conseqüências para o nosso cotidiano?
     Ao falar de mortos levantando ao som de sua voz, Jesus não está se referindo apenas à ressurreição final. Ele descreve seu poder atual para levantar tudo o que está morto. Todos nós temos um cemitério secreto em nossas vidas, algo ou alguém que abandonamos há muito tempo. Nós o enterramos e escrevemos na lápide a data de sua morte. E jamais consideramos a possibilidade de vê- lo ressuscitado, mesmo pelo poder atual de Cristo.
     “Tua filha está morta!” Não estariam elas soando também aos seus ouvidos: “Seu casamento está morto, seu ministério está morto, seu filho está morto pelo pecado... não incomode o Senhor”? Em outras palavras: “Porque insistir, se tudo está acabado?”
      Quando a noticia chegou a Jairo, ele pode ter também pensado em dispensar o Mestre: “Obrigado, Senhor. Sei que fizeste o melhor. Bom seria aquela mulher com fluxo de sangue não tivesse atrasado, ao tocar a bainha de tuas vestes. Eu realmente tinha fé. Sabia, no meu intimo, que minha filha viveria, se tivesses chegado enquanto ainda respirava”.
       Porém, necessidade alguma pode estar fora do alcance de Jesus! Aquelas palavras terríveis nada significam para Ele. Lembre-se! Jesus nunca desiste dos mortos. A melhor tradução para Marcos 5: 36 é esta: “Mas Jesus, sem acudir a tais palavras, disse ao chefe da sinagoga: Não temas, crê somente”.
     A chegada de Jesus à casa de Jairo é uma cena lamentável, agiram como se Jesus fosse se ajuntar aquele grupo de pranteadores, “Antes tarde do que nunca!”. “Chegando à casa do chefe da sinagoga, viu Jesus o alvoroço, os que choravam e os que pranteavam muito. Ao entrar, lhes disse: Por que estais em alvoroço e chorais? A criança não está morta, mas dorme. E riam- se dele” (Marcos 5: 38- 40). Outra versão diz: “... riram- se dele com escárnio”.
    É esta a razão de haver tanta comoção na vida das pessoas: não crer que Jesus tem o poder da ressurreição.  Talvez elas não acreditem haver na demora um plano de Deus. Acham que Ele está atrasado e que as coisas foram longe demais. Não crêem que Jesus possa estar operando em alguma coisa da qual desistiram. Quantas vidas estão mortas no crak e vagueiam pelas ruas vendendo o corpo? Quantos casamentos foram sepultados no ódio? Milhares de vidas estão mortas no pecado e sem nenhuma esperança!
     Nossa fé deve afirmar que o poder de Jesus vai além do limite da morte. Devemos olhar para tudo o que está morto e asseverar: “Jesus nunca desiste dos mortos. E jamais esteve tão desejoso de mostrar seu poder, como neste momento!” Não podemos desistir daquilo que Jesus deseja, por mais inatingível que nos pareça. Leia atentamente este verso: “... Tendo Ele, porém, mandado sair todos, tomou o pai e a mãe da criança e os que vieram com ele, e entrou onde ela estava. Tomando- a pela mão, disse: Talita cumi, que quer dizer: menina, eu te mando, levanta- te. Imediatamente a menina se levantou e pôs- se a andar...” (Marcos 40- 42).
     Quando desejamos mais de Jesus, o que é considerado morto pode voltar à vida. Observe que, na história de Jairo, o Senhor não estava interessado em mostrar seu poder aos incrédulos. Ele ordenou aos que estavam na sala não contarem a ninguém o ocorrido: “Não digam o que vocês viram. O milagre está entre nós, nesta sala!” Aqueles que se mantêm firmes na fé, estão destinados à gloriosa manifestação do poder de ressurreição de Cristo! Somente você e Ele conhecerão o milagre na intimidade Jesus o surpreenderá, e o deixará emocionado, e sua glória ser- lhe- á mostrada.
     Para todo cristão que morre, um funeral é uma celebração. E nós temos a alegria de dizer para nossos filhos que há uma razão para ter esperança, pois a grandeza atual de Cristo pode ser resumida neste verso poderoso: “A vida estava nele...” (João 1: 4). Pastor Elias Fortes

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