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segunda-feira, 12 de maio de 2014

A MORTE, A LUZ DA BÍBLIA


“Pulvis est, et pulvis reverteris”. A frase em epígrafe, em latim, significa: “Tu é pó e ao pó tornarás”. (Gênesis 3: 19). Entender o pó que fomos é fácil: Deus formou o homem do pó da terra. Entender o pó que seremos também é fácil. Lemos as inscrições nos túmulos: “AQUI JAZ”. Mas como entender o pó que somos, o pó que anda, chora e ri? A resposta é: Se o homem veio do pó e ao pó voltará, então o homem é pó, porque o homem não é o que é, mas o que foi e o que há de ser. O que levanta o pó é o vento. Quando o vento sopra, o pó se levanta na rua, em casa, no hospital. Deus fez o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente. Quando o vento cessa, o pó cai na rua, em casa, no hospital. “Escondes o teu rosto, e ficam perturbados; e se lhes tiras a respiração, morrem e voltam ao próprio pó”. (Salmos 104: 29).
     A morte é o salário do pecado. A morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. A morte é o sinal de igualdade na equação da vida. Chega a todos irremediavelmente: ricos e pobres, doutores e analfabetos, velhos e crianças, religiosos e ateus. Quando o vento cessa, o pó cai na rua, em casa, no hospital. Sim! O homem tem uma caminhada transitória neste mundo. Nossa vida aqui é como a neblina que logo se dissipa. Eu nunca vi um caminhão de mudança indo a cemitério levar os pertences do falecido. “Digo- vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece” (Tiago 5: 14).
     Amados! Não podemos confiar no braço da carne. Não podemos colocar nosso refúgio naquele que é pó. Olhamos para as manchetes e contemplamos homens sendo dizimados pela mortandade. A morte vista todos, grandes e pequenos, ricos e pobres, velhos e crianças. Não há castelo seguro que nos possa esconder da morte, Não há dinheiro que possa evitá- La. Não há posição da vida.
     Há um “grito” apavorante em nossa sociedade ecoando pelas ruas e esquinas: “Vinde, todos os coveiros! Vinde, vós todos os fabricantes de caixões trabalhem sem descanso. Sim! Vinde, vós os agentes funerários e embalsamadores, vosso trabalho mal começou”. “Haverá uma multidão de mortos, e abundancia de cadáveres, e não terão fim os defuntos; tropeçarão nos seus corpos”. (Naum 3: 3).
      Quando a morte chega, traz na bagagem enorme sofrimento.  E, é nesta hora que muitos descobrem que fizeram uma grande inversão de valores. As coisas foram mais valorizadas do que as pessoas. O conforto foi mais valorizado do que os relacionamentos. De nada vale morar num apartamento de cobertura, andar de carro importado, vestir roupa de grife e comer nos melhores restaurantes, se dentro de casa as pessoas não se entendem. De nada vale você ter muito dinheiro e não ter paz dentro do seu lar. Infelizmente é na hora da morte que milhares de vidas descobrem que a família é o seu maior patrimônio. Agora você entende, porque a Bíblia diz:: “Maldito o homem que confia no homem”. Deus conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó, pois foi Ele que nos fez. Infelizmente, esse “evangelho” diluído com o materialismo e a carnalidade, onde valorizam o ter, e não o poder. Onde a ordem a mensagem é: “paz, amor e heresias”. As mensagens de auto-ajuda esta atando, colocando dentro dos túmulos e lacrando com uma pesada pedra da incredulidade transformando milhares de crentes em “os mais miseráveis deste mundo” cheirando mal nas narinas do senhor, pois, “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1 Coríntios 15: 19).
     Somos pó e ao pó tornaremos. Só Deus é o que é, pois só Deus é autoexistente. Só Deus pode dizer: “Eu sou o que sou”. Porque o homem foi feito do pó e ao pó voltará, ele é pó. “Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra- se de que somos pó”. (Salmo 103: 14).
     Na nossa entrada no outro mundo conheceremos nosso antigo ego como nunca antes. O passado se achará desenrolado diante de nós e faremos um exame inclusivo dele. A vida de cada um lhe será exibida como um rio que ele traça desde sua nascente num monte longínquo até que se misture ao oceano distante. “E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio” (Lucas 16: 23).
     A morte tem causado muito sofrimento nas famílias, e atormentando milhares de almas impenitentes que não se preparam para a eternidade com Cristo Jesus, pois a entrada no mundo porvir trará consigo um conhecimento de Deus, o qual é impossível nesta vida. “pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento”. (Lucas 16: 28). Aqui a tristeza de ter perdido um ente querido será amenizada pelo tempo. Lá, jamais cessará a dor e o sofrimento, naquele lugar o tormento será eterno.
     Nesta vida, muitos homens falam de Deus e uns pensam muito e profundamente sobre Ele.  Mas aqui os homens não alcançam esse tipo de conhecimento direto de Deus que a Bíblia chama de “visão”. Conhecemos somente sobre ter vindo do pó, e que voltaremos para o pó. Não vemos a alma humana. A alma se faz sentir na conduta, na conversação, nos traços do semblante; embora estes muitas vezes nos enganem. A alma fala pelos olhos, que menos frequentemente nos enganam. Sabemos que a alma está ali e descobrimos algo do seu caráter, poder e inclinação. Não a vemos. Da mesma maneira, sentimos Deus na natureza no seu temor ou na sua beleza, e na história humana, quer na sua justiça ou no seu ministério sobrenatural; e na vida de um homem bom, ou nas circunstâncias de um ato generoso ou nobre.
      Temos a consciência, seu mensageiro interior, e fala clara e decisivamente. “os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando- os, quer defendendo- os”. (Romanos 2: 15).
 – A consciência é uma instância, um poder implantado em nós que avalia moralmente os nossos atos, nossos pensamentos, nossos planos e opiniões (Bíblia de Estudos de Genebra).
– A consciência é aquela voz interior que impele a pessoa a fazer o que ela considera correto (Charles Ryrie).
– A consciência, segundo desígnio divino, deve ser o nervo central de nosso ser que reage ao valor moral intrínseco de nossos atos (Oswald Sanders).
       A consciência, este profeta invisível, apela e implica uma lei, e uma lei implica um legislador. Mas nós a vemos. Dos filhos dos homens neste estado mortal, a regra válida é que ninguém viu a Deus em qualquer tempo. “Ninguém jamais viu a Deus; se nós amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor” (1 João 4: 12).
     Na nossa entrada no outro mundo, depois da morte haverá uma mudança. É dito acerca da humanidade glorificada de nosso Senhor, unido como está para sempre à pessoa do Filho eterno, que “todo olho o verá, até os mesmos que o transpassaram”. (Apocalipse 1: 7). Sim! Até os perdidos entenderão muito mais do que Deus é para o universo e para eles, embora sejam para sempre excluídos da visão direta de Deus. O desprezo conhecimento de Deus, pelo Evangelho, das oportunidades perdidas, virão à tona naquele lugar terrível. “E disse ele: Não, Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender- se- iam”. (Lucas 16: 30 grifo meu).
      Ao entrarmos no outro mundo saberemos, como nunca antes, o que fomos no passado, mas também saberemos o que somos. Há um que nos conhece perfeitamente, e que sempre nos conheceu. Quando morremos, nós conheceremos pela primeira vez, assim como também somos conhecidos. Não teremos de esperar a sentença do juiz; leremos num relance, qualquer que seja nesta nova apreensão do que somos. “Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido”. (1 Coríntios 13: 12)
        Na nossa entrada no outro mundo saberemos o que é existir sob condições completamente novas. “Então, conhecerei como também sou conhecido”. Na morte temos de experimentar um senso de estranheza ao qual nada nesta vida sequer se aproximou. Existiremos, pensando, sentindo e exercendo a memória, à vontade e o entendimento. Pois a nossa alma é imortal. O nosso espírito é imortal. A Alma e o espírito não morrem. O termo sono, descrevendo morte dos salvos, não se refere nem a alma nem ao espírito do homem, pois ambos são imortais. Após a morte física, vamos habitar com o Senhor em plena consciência, sabendo tudo o que se passa aqui na terra. “E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E a cada um foi dada uma comprida veste branca e foi- lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos que haviam de ser mortos como eles foram”. (Apocalipse 6: 9- 11).
       O rico atormentado no Hades, não conheceu Abraão por revelação. “Ergueu os olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro no seu seio”. (Lucas 16: 23). O rico que na sua vida humana nunca havia visto Abraão (Havia dois mil anos que Abraão havia morrido), pode agora conhece- lo e chama- lo pelo nome. O rico “ergueu os olhos” e pediu “que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama”. (Lucas 16: 24b).  A alma fora de nosso corpo, conhece tudo, pois a verdadeira imagem de Deus no homem é o espírito e a alma. A alma é o corpo espiritual e o espírito é a vida deste corpo. Por causa da fraqueza, nosso corpo material hoje não pode ver conversar, ou reconhecer uma pessoa que morreu há dois mil anos. Depois da morte física, mesmo antes da ressurreição, haverá esta possibilidade, como fica provado pela história do homem rico e Lazaro.
       Para aumentar o gozo na vida futura, será necessário conhecermos Jesus. Saber que foi Ele que nos salvou; lembrar que no passado éramos pecadores e Jesus, pela sua obra expiatória, salvou- nos. Teremos as lembranças do passado, e iremos nos conhecer uns aos outros. Assim como o corpo de Jesus foi reconhecido pelos discípulos, depois da ressurreição, assim como Moises, 1. 500 anos após morrer, foi conhecido no monte da transfiguração; e conversou com Jesus a respeito de sua morte no Calvário.
      Não é fácil ser privado do convívio de alguém que amamos. Não é fácil enterrar um ente querido ou um amigo. Não é fácil lidar com o luto. Esse cruel inimigo. “Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte”. (1 Coríntios 15: 26). Glória a Deus! Com as mãos da fé e do amor, nos agarramos à esperança posta diante de nós na Pessoa de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Declaramos: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?”. (1 Coríntios 15: 55). Jesus que por nós, e por nossa salvação tomou a forma de carne, foi crucificado, ressurgiu da morte, ascendeu ao céu e intercede por nós incessantemente á mão direita do Pai. “Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo”. (1 Coríntios 15: 21- 22).
      Agora! Quando enterramos nossos mortos, sabemos onde eles estão. No paraíso, seio de Abraão, debaixo do altar, no terceiro céu, com Jesus. Para os crentes em Cristo Jesus, morrer é deixar o corpo e habitar com o Senhor. É partir para estar com Cristo. Agora o morrer é lucro, é bem- aventurança. É algo precioso aos olhos de Deus. Louvado seja o Senhor Jesus Cristo. Não caminhamos para uma tumba fria, mas para a glória celeste, o nosso verdadeiro lar! Pastor Elias Fortes.

       

Um comentário:

  1. A Paz de Cristo,
    Pr. Elias.

    Ficaria imensamente feliz se recebesse sua visita em meu espaço.
    Visitei um blog e no mesmo constatei seu brilhante comentário sobre predestinação.
    Fiquei curiosa e vim conhecer seu blog, seus posts são objetivos diretos e esclarecedores, quero parabenizá-lo e dizer que oro ao Senhor Jesus para que o Espírito Santo vos inspire em nossas postagens que alcancem mentes e corações que ainda não conhecem o verdadeiro Amor: JESUS, nosso Senhor e Salvador!

    A propósito, caso ainda não esteja seguindo o meu blog deixo aqui o convite, acesse o link abaixo:

    Fruto do Espírito

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    P.S. Convido a conhecer o blog do meu esposo.
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    Discípulo de Cristo


    Em Cristo,
    ***Lucy***

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