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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

UM FRACO REI FAZ FRACA A FORTE GENTE

Estamos cada dia mais desencantados com os políticos e descrentes da política. As promessas de palanque já não acendem mais a candeia da esperança na alma do povo.
    Camões colocou em sua obra imortal, Os lusíadas, esta frase perturbadora: “Um fraco rei faz fraca a forte gente”. A Bíblia nos ensina: “O rei justo sustém a terra, mas o amigo de impostos a transtorna” (Provérbios 29: 4). Um rei fraco oprime o povo com pesados tributos, mas não serve ao povo com serviços correspondentes. Usa o povo para manter- se no poder, mas mantém o povo na miséria. “O rei que julga os pobres conforme a verdade, firmará o seu trono para sempre”. (Provérbios 29; 14).
    Pagamos pesados tributos, mas vemos esse dinheiro suado alimentando esquemas de enriquecimento ilícito. O Brasil é o segundo país que mais cobra impostos do consumidor, atrás apenas da Índia. Mas se o povo dá muito ao governo, ele dá pouco ao povo. O governo cobra alto demais, mas o dinheiro não retorna à população em serviços públicos de qualidade.
    A respeito dos subornos, Isaías profetizou: “Os teus príncipes são rebeldes, companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno, e corre atrás de presentes. Não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas”. (Isaías 1: 23). Alguns não acreditam mais na integridade dos políticos. Afirmam sem medo de errar que o poder corrompe. Mas será que é o poder que corrompe ou o poder revela o corrompido? A corrupção está no poder ou no coração do ser humano?
     A Bíblia nos ensina a respeito de nossos deveres cívicos, Jesus pagou tributo. “Mas, para que não os escandalizemos, vão ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir e, abrindo- lhe a boca, encontrarás um estáter. Toma- o, e dá o por mim e por ti”. (Mateus 17: 27). Temos que exercer a nossa cidadania, precisamos votar. “Reponderam- lhe: De César. Então ele lhes disse: Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. (Mateus 22: 21). Sim! É nossos dever honrar os lideres: “Honrai a todos. Amai aos irmãos. Temei a Deus. Honrai o rei”. (1 Pedro 2: 17).
    Precisamos e devemos ter cristãos envolvidos na política e ocupando cargos de liderança que venham a influenciar positivamente a sociedade no seu todo, e não apenas a igreja ou ao grupo que o elegeu. O sociólogo Paul Freston escreveu: “Nossa preocupação tem que ser com a promoção do Evangelho e não com a promoção dos evangélicos”. Amados! Precisamos de candidatos evangélicos e não de candidatos dos evangélicos. Robinson Cavalcanti nos alertou: “Devemos nos precaver das tentações teocráticas: O governo de um Aiatollah protestante, que dividiria o bolo do Estado entre nós”.
    Um rei fraco é um rei populista que, para manter- se no trono, oferece à fraca gente pão e circo, mas não a encoraja a alçar voos mais altaneiros. Precisamos ser mais cuidadoso na escolha da nossa liderança política. Ao rei fraco a Bíblia adverte: “Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que escrevem perversidades”. (Isaías 10: 1). Quando indivíduos comprometidos com a probidade governam, o povo se alegra; porém, quando pessoas regidas pela ganância e entregues à corrupção sobem ao poder, o povo geme. “Quando os justos triunfam há grande alegria, mas quando os ímpios sobem, escondem- se os homens”. (Provérbios 28; 12). Outra questão é de não estarmos ainda preparados para atuar de forma saudável numa sociedade pluralista como a nossa, onde o tamanho das pressões exige dos candidatos evangélicos uma postura que muitos deles ainda não possuem.
    Precisamos de políticos com o mesmo espírito de Daniel. “Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava em estabelecê- los sobre todo o reino”. (Daniel 6: 3).  Daniel era um político (governador) integro, foi jogado na cova dos leões e saiu ileso. Graças a Deus estamos no período da Graça, do jeito que esta a nossa política, sobrariam leões e faltariam políticos.
   Um político íntegro, que não vende sua consciência, que não se deixa seduzir pelo suborno, que não é apanhado na rede mortal da ganância insaciável, é uma pedra de tropeço no caminho dos corruptos.
    Cristão que é cristão, não anula o seu voto, ele exerce o seu dever cívico: “Sujeitai- vos a toda autoridade humana, por causa do Senhor, quer rei, como soberano, quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem”. (1 Pedro 2: 13- 14).
    Precisamos ter bons crentes em posição de liderança e causando influência positiva na sociedade como um todo. É assim que a Bíblia nos ensina: “Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra; quando, porém, domina o perverso, o povo suspira”. (Provérbios 29: 2).
    Jamais podemos nos esquecer, porém, que a missão principal da Igreja antes da volta do Senhor é o evangelismo e o discipulado, e não formar cruzadas para tomar o poder ou conquistar o domínio político em uma nação ou mundo.
    Infelizmente, muitas igrejas estão cedendo os seus púlpitos para a política. Esquecem eles que a união da igreja com o Estado nem sempre trouxe bons dividendos para a causa de Cristo, é só lembrar- mos de Constantino, imperador romano. A Bíblia adverte sobre essa “união”. “E os dez chifres que viste na besta são os que aborrecerão a prostituta, e a porão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo”. (Apocalipse 17: 16).
   Aqui encontra- se uma advertência contra o casamento entre política e religião. Sempre quando vemos essa associação, a história mostra que ela termina com um divórcio violento.
   Vamos cumprir o nosso dever cívico de votar bem, sem esquecer qual é a missão da Igreja na terral, a bíblia declara: “Pela bênção dos retos se exalta a cidade, mas pela boca dos ímpios é destruída”. (Provérbios 11: 11). Não acredite em qualquer promessa política, mas na Palavra de Deus que é fiel e verdadeira! Pastor Elias Fortes

     

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