Considerando
sua importância, o milênio é certamente um dos temas menos escritos e
publicados. Contudo o plano do homem é uma utopia. Desde que Adão e Eva foram
expulsos do Jardim do Éden, profetas, poetas, músico, filósofos políticos,
teólogos e artistas tem sonhado, com uma eventual idade douradora quando –sobre
o reinado benevolente de um governo onipresente, onisciente e onipotente- um
poder viver em harmonia com o seu criador, família e sociedade...
Tal sonho tem
provado ser somente um projeto visionário. Porém, como cristãos nós oramos em
obediência ao ensinamento de nosso Senhor: “Venha o teu reino”, e rogamos “o pão nosso
de cada dia nos dá hoje”. (Mateus 6: 10- 11), isto será respondido no
seu cumprimento total somente quando Jesus Cristo voltar para o Armagedom, para
a iminente destruição e entrar em Sua verdadeira nova Ordem Mundial, de paz e
prosperidade. A devastada pobreza será substituída pela prosperidade e
abundancia, e o conflito imprescedente será suplantado pela calma.
O plano exato para o milênio acha- se na
Bíblia. A Palavra de Deus assegura- nos que a era dourada existirá justamente
além do Armagedom, uma era sem precedentes de paz e prosperidade. Esta era
idílica, não será uma democracia, ou monarquia ou um estado socialista. Será uma
teocracia. Cristo será Senhor e Rei sobre a terra O que o anticristo falhará em
fazer com o poder militar e com a supervisão dos computadores, Jesus Cristo
fará pela Sua onisciência, onipotência e onipresença.
Isaías profetizou: “... o principado está sobre os
seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da
eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento do seu governo e paz não haverá fim.
Reinará sobre o trono de Davi e sobre o seu reinado, para estabelecê-lo e
fortificar em retidão e justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto”.
(Isaías 9: 6- 7).
Neste tempo a profecia do anjo para Maria
será cumprida: “O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará
eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim”. (Lucas 1: 32-
33). Cristo assumirá o trono para o qual foi legalmente determinado
pelo seu Pai (Mateus 1: 20; Lucas 1: 27).
Israel, uma pequena terra, será alargada
do Nilo até o Eufrates, com a futura reunião de Israel sendo imensamente
expandida sobre o que nós temos visto nestes últimos cem anos. Hoje milhões de
judeus retornaram para Israel, E sobre as “tribos”? Deus conhece quem e onde
eles estão e justamente como Ele está levantando- os para voltarem à sua terra.
No milênio Israel será dividido de acordo com as antigas tribos (Ezequiel
47- 48 nos dá as divisões precisas).
Todas as nações e pessoas adorarão ao Rei
Jesus. O ungido de Deus (Salmos 2: 2). As pessoas não mais peregrinarão para
Washington, Roma, Moscou ou Meca. “Então todos os que restarem de todas as
nações que vieram contra Jerusalém, subirão, de ano em ano, para adorar o Rei,
o Senhor dos Exércitos, e celebrar a festa dos tabernáculos. Se alguma das
famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos
Exércitos, não virá sobre ela a chuva” (Zacarias 14: 16, 17). E quem
governará sobre as doze regiões florescentes de Israel? Jesus respondeu, “...
quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória,
também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel”
(Mateus 19: 28).
Quando Cristo voltar outra vez para
estabelecer Seu reino milenar, Sua capital será Jerusalém. Como uma super
metrópole, como Jerusalém como capital, e a vasta extensão de Israel como o
centro da terra, o milênio será resplandecente. O mundo florescerá em meio à
adoração e o culto a Cristo, o Rei, com a aliança Abraâmica, em seu
reconhecimento total.
O domínio mundial de nosso Senhor
incluirá as multidões de línguas e nações gentílicas (Amós 9: 12; Miquéias 7: 16- 17;
Zacarias 14: 16- 19; Isaías 66: 18). Haverá uma total transformação da
configuração geopolítica, como Isaías profetizou, “O Senhor se dará a conhecer ao
Egito, e os egípcios conhecerão o Senhor naquele dia. Eles o adorarão com
sacrifícios e ofertas... Naquele dia haverá estrada do Egito até a Assíria. Os
assírios virão ao Egito, e os egípcios irão à Assíria. Os egípcios adorarão com
os assírios. Naquele dia Israel será o terceiro com os egípcios e os assírios,
uma bênção no meio da terra. O Senhor dos Exércitos os abençoará, dizendo:
Bendito seja o Egito, meu povo, a Assíria, obra de minhas mãos, e Israel, a
minha herança (Isaías 19: 21a, 23- 25).
Sim, ainda Egito e Iraque! Somente um
milagre poderia trazer tal mudança, e é exatamente o que está reservado para o
mundo.
O que realmente acontecerá no milênio,
quando o Senhor governará o mundo inteiro de Jerusalém! Miquéias disse, “... De
Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor de Jerusalém. Ele julgará entre muitos
povos, e arbitrará entre nações poderosas e longínquas. Eles converterão as
suas espadas em relhas de arado, e as suas laças em foices. Uma nação não
levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra. Mas
assentar- se- á cada um debaixo da sua videira, e debaixo da sua figueira, e
não haverá quem os espante, porque a boca do Senhor dos Exércitos o disse”
(Miquéias 4: 2b- 4).
Quando Cristo voltar para estabelecer
Seu Reino. E então o mundo será tão transformado, que os animais ferozes serão
domesticados: “Morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará; o
bezerro, e o filho de leão e o animal cevado viverão juntos, e um menino
pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos juntos se
deitarão, e o leão comerá palha como boi. Brincará a criança de peito sobre a
toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco. Não se fará
mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, pois a terra se encherá
do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar”. (Isaías 11: 6- 9).
Cristo removerá todas as enfermidades,
deformidades e aleijados. Não haverá cegos, surdos ou mudos; não haverá
necessidade de óculos, aparelhos para os ouvidos ou terapia para falar, ou
cadeiras de roda ou muletas (Isaías 29: 18; 33: 3- 6; Jeremias 30: 17;
Ezequiel 34: 16).
As idades como nós sabemos serão
alteradas. “As ruas se encherão de meninos e meninas”; o mundo terá “paz
e prosperidade” e nas “praças de Jerusalém habitarão velhos e
velhas”. (Zacarias 8: 5, 4). Como Adão e Matusalém, talvez as pessoas
viverão acima de mil anos de idade.
E como a terra suportará tal florescente
proliferação da população? O Senhor removerá a maldição sobre a agricultura
(Genesis 3: 18). Ainda “o deserto e os lugares secos se alegrarão;
o ermo exultará e florescerá como a rosa. Abundantemente florescerá, e também
exultará de alegria, e romperá em cânticos. A glória do Líbano se lhe deu, a
excelência do Carmelo e Sarom; eles verão a glória do Senhor, a excelência do
nosso Deus” (Isaías 35: 1- 2).
Não haverá necessidade de psiquiatras
ou algo superior para aliviar as pessoas da depressão. Paulo escreveu: “...
mas nós mesmos, que temos as primícias do espírito, também gememos em nós
mesmos, aguardando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo”. (Romanos 8:
23). “A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de
Deus. Pois a criação ficou sujeita a vaidade, não por sua vontade, mas por
causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria criação será
libertada do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de
Deus. Sabemos que toda a criação geme como se estivesse com dores de parto até
agora”. (Romanos 8: 19- 22).
Por toda a história, o homem tem
anelado por tal período de perfeita paz e prosperidade. A maravilhosa segurança
da Palavra de Deus, é que esta era, esta vindo. “O Senhor será rei sobre toda a
terra. Naquele dia um será o Senhor, e um será o seu nome” (Zacarias 14: 9).
Quando Jesus fez Sua entrada
triunfante em Jerusalém, Seus seguidores aclamaram “Hosana ao rei”. Mas Seu
tempo ainda não tinha chegado. Uma semana mais tarde uma inscrição pendurada em
Sua cruz em escárnio: “Este é Jesus de Nazaré, o Rei dos judeus”.
Ele seria rei, mas não naquele momento, não, até que ele viesse e tornasse o
Armagedom em uma coroação.
Ao chegar este acontecimento os santos
começarão a reviver e reinarão “mil anos com Cristo”. (Apocalipse 20: 4).
A história chega ao seu ápice quando Jesus Cristo estabelecer o Seu reino de
paz e prosperidade, com Jerusalém sendo a capital, naquele dia, “Um
só rei será rei de todos eles...” (Ezequiel 37: 22). Pastor Elias
Fortes
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